Hoje gostaria de compartilhar com você
uma história muito legal, que nos faz pensar muito sobre o nosso relacionamento com as pessoas que amamos.
Vi este conto a primeira vez no best-seller Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas (1936) de Dale Carnegie .
Vi este conto a primeira vez no best-seller Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas (1936) de Dale Carnegie .
Apesar do título meio marketeiro, este é um excelente livro com um poder real
de transformação.
Esta história, de autoria de W. Livingston Larned, aparece para fechar e ilustrar o primeiro capítulo do livro após uma sequência de boas reflexões, dentre elas:
Esta história, de autoria de W. Livingston Larned, aparece para fechar e ilustrar o primeiro capítulo do livro após uma sequência de boas reflexões, dentre elas:
- Como a crítica muitas
vezes nasce como fruto da falta de empatia. Isso é, não tentar entender as diferenças
do outro em relação a nós mesmos.
- Como as únicas respostas
possíveis à uma crítica são ressentimento, mágoa e justificativa. Ou seja,
criticar gera nada mais que desgaste.
- Como nos pegamos viciados em criticar sem perceber.
Ele encerra o capítulo com um príncipio:
“Não critique, não condene, não se queixe”.
De alguma forma isso faz muito sentido pra mim. Você já teve alguma
experiência com relação à críticas? Sendo quem causa ou quem recebe a ação, é
provável que essa experiência não tenha sido das mais positivas.
Mas vamos, sem mais
delongas, ao que interessa: o conto!
O Pai Perdoa
Escute,
filho: enquanto falo isso, você está deitado, dormindo, uma mãozinha enfiada
debaixo do seu rosto, os cachinhos louros molhados de suor grudados na fronte.
Entrei sozinho e sorrateiramente no seu quarto. Há poucos minutos atrás,
enquanto eu estava sentado lendo meu jornal na biblioteca, fui assaltado por
uma onda sufocante de remorso. E,
sentindo-me culpado, vim para ficar ao lado de sua cama. Andei pensando em
algumas coisas, filho: tenho sido intransigente com você. Na hora em que se
trocava para ir à escola, ralhei com você por não enxugar direito o rosto com a
toalha. Chamei-lhe a atenção por não ter limpado os sapatos. Gritei furioso com
você por ter atirado alguns de seus pertences no chão. Durante o café da manhã,
também impliquei com algumas coisas. Você derramou o café fora da xícara. Não
mastigou a comida. Pôs o cotovelo sobre a mesa. Passou manteiga demais no pão.
E quando começou a brincar e eu estava saindo para pegar o trem, você se virou,
abanou a mão e disse: "Tchau, papai!" e, franzindo o cenho, em
resposta lhe disse: "Endireite esses ombros!" De tardezinha, tudo recomeçou. Voltei e quando
cheguei perto de casa vi-o ajoelhado, jogando bolinha de gude. Suas meias
estavam rasgadas. Humilhei-o diante de seus amiguinhos fazendo-o entrar na
minha frente. As meias são caras - se você as comprasse tomaria mais cuidado
com elas! Imagine isso, filho, dito por um pai! Mais tarde, quando eu lia na
biblioteca, lembra-se de como me procurou, timidamente, uma espécie de mágoa
impressa nos seus olhos? Quando afastei meu olhar do jornal, irritado com a
interrupção, você parou à porta: "O que é que você quer?", perguntei
implacável. Você não disse nada, mas saiu correndo num ímpeto na minha direção,
passou seus braços em torno do meu pescoço e me beijou; seus braços foram se
apertando com uma afeição pura que Deus fazia crescer em seu coração e que
nenhuma indiferença conseguiria extirpar. A seguir retirou-se, subindo correndo
os degraus da escada. Bom, meu filho, não passou muito tempo e meus dedos se
afrouxaram, o jornal escorregou por entre eles, e um medo terrível e nauseante
tomou conta de mim. Que estava o hábito fazendo de mim? O hábito de ficar achando erros, de fazer reprimendas - era dessa
maneira que eu o vinha recompensando por ser uma criança. Não que não o amasse;
o fato é que eu esperava demais da juventude. Eu o avaliava pelos padrões da minha própria vida. E havia tanto de
bom, de belo e de verdadeiro no seu caráter. Seu coraçãozinho era tão grande
quanto o sol que subia por detrás das colinas. E isto eu percebi pelo seu gesto
espontâneo de correr e de dar-me um beijo de boa noite. Nada mais me importa
nesta noite, filho. Entrei na penumbra do seu quarto e ajoelhei-me ao lado de
sua cama, envergonhado! É uma expiação inútil; sei que, se você estivesse
acordado, não compreenderia essas coisas. Mas amanhã eu serei um papai de
verdade! Serei seu amigo, sofrerei
quando você sofrer, rirei quando você rir. Morderei minha língua quando
palavras impacientes quiserem sair pela minha boca. Eu irei dizer e repetir,
como se fosse um ritual: "Ele é apenas um menino - um menininho!"
Receio que o tenha visto até aqui como um homem feito. Mas, olhando-o agora,
filho, encolhido e amedrontado no seu ninho, certifico-me de que é um bebê.
Ainda ontem esteve nos braços de sua mãe, a cabeça deitada no ombro dela. Exigi
muito de você, exigi muito. Em lugar de
condenar os outros, procuremos compreendê-los. Procuremos descobrir por que fazem o que fazem. Essa atitude é muito
mais benéfica e intrigante do que criticar; e gera simpatia, tolerância e
bondade. "Conhecer
tudo é perdoar tudo". Como disse o dr. Johnson: "O próprio
Deus, senhor, não se propõe julgar o homem até o final de seus dias".
Por que o faríamos, você e eu?
Legal mesmo, não é? O que
achou? Faz sentido para você também?
Espero que sim!
Talvez isso tenha despertado algo em você. Talvez você queira espalhar essa mensagem. Clique aqui e fortaleça O Espaço.
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Grande abraço!
Adorei o conto e fico no aguardo da resenha do livro todo :)
ResponderExcluirshow =)
ExcluirMuito interessante e motivador o conto! Quantas vezes nos pegamos agindo como "o Pai", não é?
ResponderExcluirQuero muito a resenha do livro!
Valeu, Rafael!
ExcluirEstou pensando na resenha, acho que pode ser uma boa ideia
Um abraço!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTô esperando a resenha do livro .. e ele de presente para ler também! haha =)
ResponderExcluirPodemos fazer um sorteio, que tal? hahaha
ExcluirAbraço
Ai ai, muito top! Quero muito a resenha do livro! =)))
ResponderExcluirEm breve faremos!
ExcluirMuito muito muito toop ! As vezes eu fico igual a esse Pai ai, criticando tudo e todos que não agem de acordo com o que EU penso ! No valeu demais a relfexão =))
ResponderExcluirAguardo ansiosamente a resenha do livro =))
Que bom que gostou! É preciso vigiar sempre!!
ExcluirVolte sempre =))